Maioria das empresas encara compliance como factor de criação de confiança

De acordo com o estudo “Unlocking trust: why global compliance is on the business agenda” da Mazars, 58% dos responsáveis pelo compliance tendem a encará-lo como um factor de criação de oportunidades e não apenas como uma obrigação.

O estudo, baseado num questionário realizado a 892 profissionais seniores de compliance nas áreas de contabilidade e fiscalidade em organizações multinacionais de 25 países, destaca as oportunidades e os riscos, actuais e futuros, associados ao compliance.

O estudo mostra que em 75% das empresas, os executivos de topo e membros de conselhos de administração abordam o compliance com uma regularidade trimestral ou ainda mais elevada (39% mensalmente). Este envolvimento faz, normalmente, parte de uma revisão pré-programada de riscos (50%), mas também é frequentemente inserida na procura por novos insights ou oportunidades (44%).

De forma global, as empresas confirmam que a atenção e recursos dedicados ao compliance conduzem a resultados positivos, 82% estão seguras que se encontram a cumprir de forma bem-sucedida os requisitos atuais e que vão continuar a cumpri-los no futuro.

Contudo, mais de metade (51%) esperam que o compliance se torne mais exigente nos próximos cinco anos. Este está a tornar-se mais complexo, a legislação está a mudar rapidamente e a pandemia COVID-19 vai continuar a causar disrupção.

O estudo revela que 38% dos inquiridos apontam a complexidade crescente, a mesma percentagem identifica os impactos da pandemia e 36% destacam a nova regulação como os mais significativos desafios ao compliance nos próximos cinco anos. O Brexit também representa alguma disrupção ao compliance mas não figura no topo da lista de desafios (23% a nível global referem-no como um desafio relevante).

Os responsáveis pelo compliance conhecem os riscos significativos de fracassar, 77% afirmam que a sua empresa enfrentou desafios relacionados com compliance nas áreas de contabilidade e fiscalidade nos últimos cinco anos. As suas consequências passam, geralmente, por danos à reputação, ações disciplinares internas e multas.

Os principais investimentos planeados para compliance são em tecnologia (particularmente machine learning/inteligência artificial) e competências: 45% afirmam que nova tecnologia de compliance contabilística e fiscal será um dos drivers mais significativos para melhorar a performance nas suas funções nos próximos cinco anos. No entanto, a falta de conhecimento e competências na sua equipa é prejudicial: dois em cinco inquiridos (42%) consideram que este é um grande obstáculo para que se alcancem os objectivos de compliance.

InHR Portugal