Sustentabilidade no centro dos negócios

O que é uma empresa sustentável? As definições têm divergido e as métricas para medir a sustentabilidade variado. Mas esta realidade evolui, com um novo quadro regulatório para a comunicação de ESG corporativos a ter efeitos na Europa e em discussão nos EUA

Mudanças significativas e abrangentes nas regras de reporte estão a ser introduzidas na Europa através da diretiva de referência da Corporate Sustainability Reporting (CSRD), no globo através do International Sustainability Standards Board (ISSB), e estão a ser discutidas pela Securities and Exchange Commission (SEC) nos EUA.

As empresas serão obrigadas a disponibilizar métricas detalhadas a investidores e outros stakeholders e estas novas disposições, que podem ser desafiantes de implementar, marcam uma mudança decisiva: as empresas serão avaliadas com base no seu desempenho de gestão, num relatório único, com a informação de sustentabilidade e a informação financeira.

Os investidores que avaliam a exposição ao risco e as grandes organizações internacionais que querem influenciar as suas cadeias de valor, definindo objetivos de sustentabilidade, têm aumentado a pressão sobre o tema, afetando empresas de todos os setores e de todas as dimensões, incluindo PME.

No mais recente Barómetro c-suite da Mazars, cerca de metade das empresas inquiridas já tinha assumido compromissos públicos sobre uma série de tópicos ESG. Uma maioria significativa (62%) considerou provável uma transformação na sua estratégia de sustentabilidade no prazo de três a cinco anos e um número ainda mais elevado planeava aumentar o investimento em iniciativas de sustentabilidade a curto prazo. Mais de 90% estavam confiantes de que responderiam a expetativas de governance, éticas e de responsabilidade social.

Os novos requisitos ESG são diferentes em todos os setores. As empresas de consumo, por exemplo, estão a rever as suas cadeias de valor para procurar formas de tornar mais sustentável um vasto leque de operações, desde a logística à embalagem. Nos serviços financeiros, os novos regulamentos aumentam o ónus do cumprimento, que pode ser dispendioso, e a avaliação do risco de ESG nas carteiras é um processo complexo. Apesar dos obstáculos em implementar, há oportunidades de negócio nestes novos requisitos.

A jornada rumo a uma empresa mais sustentável requer não só mudanças operacionais e de reporte, mas também alterações significativas de mentalidade e cultura. É necessária uma liderança empenhada, bem informada e uma execução cuidadosamente planeada para que a sustentabilidade seja integrada numa estratégia de negócio mais ampla.

As recompensas são múltiplas. Incluem poupanças de custos a partir de uma menor pegada ambiental, motivação das equipas e uma vantagem competitiva potencialmente importante para liderar a transformação. Como resultado, os primeiros operadores serão capazes de atrair os melhores talentos, reduzir os riscos de negócio e construir cadeias de valor mais sólidas.

Este novo desafio será uma oportunidade para enriquecer o mercado com novas valências e a nova equipa de Sustainability da Mazars sabe o caminho que tem pela frente: ajudar os atuais e os futuros clientes a posicionarem as suas empresas de forma a serem melhores para o Mundo. A Sustentabilidade é um imperativo das empresas e faz parte de uma visão comprometida. É uma missão e um propósito, não pode ser uma obrigação.

InJornal Económico

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