Oito mitos que estão a bloquear a progressão das mulheres nas organizações

A Mazars, empresa internacional de auditoria, fiscalidade e consultoria, e o Gender Balance Observatory uniram-se para abordar os estereótipos e preconceitos que persistem como obstáculos ao aumento da diversidade de género nas organizações e sugerir propostas sobre como estes podem ser resolvidos

O relatório “Mitos e barreiras que bloqueiam a progressão das mulheres” apresenta um conjunto de “crenças” desmistificadas por especialistas e líderes em igualdade de género, bem como uma nova ferramenta desenvolvida para ajudar os CEO a avaliar rapidamente os programas de diversidade nas suas organizações e entender se implementaram as medidas certas para acelerar a igualdade de género.

São no total oito os mitos identificados pelos especialistas consultados pela Mazars e o Gender Balance Observatory nesta iniciativa:

  • “As mulheres não têm ou têm menos ambição”
  • “A maternidade não é compatível com uma posição de liderança”
  • “Não encontramos candidatas competentes no pool de talentos”
  • “As mulheres são relutantes ao risco”
  • “O trabalho a tempo parcial não é compatível com funções de liderança”
  • “As desigualdades de género são encontradas principalmente no topo da escada corporativa”
  • “Existem empregos masculinos”
  • “As quotas não são baseadas no mérito e são injustas para os homens, e aumentam o risco de empurrar mulheres incompetentes para posições-chave”.

 

«Dado o ritmo lento da mudança, queríamos entender os mitos persistentes que podem estar a reduzir os esforços das empresas para promover a diversidade de género», explica Cécile Kossoff, Líder Global de Diversidade e Inclusão do Grupo Mazars.

De acordo com a Mazars, ao avaliar a evolução da diversidade a nível global, constata-se que muito já foi cumprido. No entanto, apesar do progresso alcançado, verifica-se ser ainda necessário um longo caminho. Em 2019, apenas 20% dos membros dos Boards em todo o mundo eram mulheres.

A nível nacional, países como França vieram provar o poder da legislação. Destacando-se como o país mais avançado nesse domínio, França, sob o impulso da lei CopéZimmermann, conta 46% de mulheres em Conselhos de Administração desde 2021.

Porque a gestão da diversidade e inclusão se tornou numa competência essencial para os gestores, a Mazars e o Gender Balance Observatory desenvolveram uma ferramenta de autoavaliação para CEO.

Esta checklist de verificação concreta, educativa e prática permite que os CEO avaliem rapidamente a relevância dos seus programas de diversidade de género, com base nas seis medidas para acelerar a diversidade de género publicadas pelo Observatório.

InHR Portugal